Cercados de tantas reportagens que relembram os ataques de 11 de setembro, é preciso lembrar também os bons momentos. Na noite da última quarta-feira, Lajeado recebeu de volta sua equipe adulta de basquete. Na quadra, dois personagens de um jogo histórico: Leonardo Menezes e Douglas Nathan, preparador físico do Univates/Florestal Alimentos/Bira e jogador do time de Caxias, respectivamente. O reencontro destes profissionais é importante pois no dia 14 de setembro de 2001, há exatos 10 anos, eles se enfrentaram na final do Campeonato Brasileiro de Basquete infanto-masculino, no qual o Rio Grande do Sul tornou-se Campeão, em Belo Horizonte – MG.
Perdida entre notícias desencontradas, medo, e até descrença diante da violência do atentado, a Seleção Gaúcha de Basquete, comandada, na época, por Clairton Wachholz, o Xis, e Ubirajara Régis Hertzer, o Bira, técnicos do Ceat/Bira, venceu os percalços da viagem: dormir no ônibus que estragou (e ficou 16 horas parado), passar frio e dividir a comida que se tinha. A equipe no entanto venceu o cansaço e grandes adversários.
“Primeiro ganhamos da forte equipe do Rio de Janeiro, e festejamos em meio a abraços e lágrimas, movidos pela tensão que havíamos vivido na noite anterior. Depois vieram os paraenses, conhecidos pela sua raça, mas que também foram derrotados”, conta Bira. No dia seguinte, em meio às trágicas notícias que se viam na televisão, a seleção gaúcha venceu os donos da casa: os mineiros. “Estávamos próximos da final, mas era preciso passar pela forte equipe de Santa Catarina. E foi o que aconteceu: resistimos à pressão e nos classificamos para a tão sonhada final”, relembra o técnico.
Era hora da superação física, da demonstração de união e sentimento de grupo, o que não faltava na equipe comandada pelos técnicos do Clube Atlético Ubirajá. O grupo era formado por seis atletas do Ceat/Bira: Leonardo Menezes, Cristiano Baierle, Ricardo Meili, Rafael Bampi, Felipe Siqueira e Leandro Eckard; dois atletas da Sogipa: Guilherme Maso e Fred e quatro atletas do G. N. União: Tomé Perhger, Arthur, Felipe Nunes e Luís Felipe Gruber, sob a supervisão de Mauro Dehxeimer.
Parabenizando aos que participaram desta data que ficou na história do Bira, fica a frase do técnico Bira: “Lembrar nossas façanhas é fundamental, pois elas é que nos tornaram o que somos hoje”.
Na foto, Xis e Bira com a taça do Campeonato.
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