O Basquete é nossa paixão

Lajeado, a "capital" do Vale do Taquari, é a sede do "Bira". No nosso clube, a paixão pelo basquete une famílias, amigos e toda a comunidade.

domingo, 20 de maio de 2012

Univates/Florestal Alimentos/Bira: dever cumprido e campeonato gaúcho à vista


Há 3 meses o Univates/Florestal Alimentos/Bira, depois do título invicto de tetracampeão gaúcho em 2011, teve de reestruturar a sua equipe para enfrentar a Copa Brasil Sul de Basquete Adulto Masculino.

A comissão técnica apostou num grupo reduzido de atletas (9 adultos e 6 jogadores da base), que mostraram que quantidade não é sinônimo de qualidade. Enfrentando grandes equipes em quadra, aos poucos a equipe foi acertando os ponteiros, construindo-se como grupo e ajustando as estratégias táticas. Foram 10 jogos pelo turno e returno da Copa Sul. Depois de se classificar em segundo lugar para a quadrangular final, o Bira foi ao Paraná enfrentar as 4 melhores equipes do Sul do Brasil. Na casa do favorito e líder Campo Mourão, o Univates/Florestal Alimentos/Bira jogou uma grande partida  trazendo o título inédito de campeão sul-brasileiro e garantindo a vaga para a Super Copa Brasil.

Em São Paulo, pela Super Copa, apesar de estar com dois atletas machucados e enfrentar equipes tradicionais de São Paulo, o time fez uma ótima campanha mas não conseguiu a tão sonhada vaga para o NBB. Chegou perto de conquistar a vaga na semifinal contra Mogi, mas a estrutura montada pela equipe sede para chegar ao NBB falou alto em alguns momentos de decisão da arbitragem. O sonho do Bira chegou ao fim na bola decisiva do jogo, quando a arbitragem ignorou uma falta para o time do Vale do Taquari, tirando a possibilidade do Univates/Florestal Alimentos/Bira bater 3 lances livres e tentar o empate do jogo. A equipe voltou para casa com o quarto lugar na competição.

Para o técnico da equipe, Antônio Krebs Junior, o Pitu, a trajetória foi típica de um time campeão. “Começamos a Copa Sul com pouco treino e saíamos ganhando. Tivemos algumas dificuldades mas na quadrangular final confirmamos o perfil guerreiro e que cresce nos momentos decisivos. Na Super Copa foi a mesma coisa, me arrisco a dizer que fomos o único time dentro da competição, mesmo com vários problemas, que subiu de padrão. Uma pena não chegarmos à final”.

O sentimento é de dever cumprido, segundo o coordenador técnico, Clairton Wachholz, o Xis. “Saímos de cabeça erguida e com uma certeza: essa equipe montada para o primeiro semestre foi motivo de muito orgulho para o Bira e região. Esperamos poder contar com esse grupo de atletas rumo ao pentacampeonato gaúcho e agradecemos à Univates, à Florestal Alimentos, à Prefeitura de Lajeado e apoiadores pelo engajamento. Esperamos contar com todos novamente no segundo semestre”.

Com a palavra, os atletas

O Bira, conhecido por despertar nos atletas desde cedo a paixão não só pelo basquete mas pela causa e pelo projeto do Clube, sempre teve como característica provocar o sentimento guerreiro em quadra e reforçar o espírito de grupo, em detrimento do individualismo. Para Cauê Verzola, ala/armador da equipe, essa experiência vai ficar marcada em sua trajetória. “Fazer parte do Univates/Florestal Alimentos/Bira foi para mim a afirmação de tudo que eu já pensava sobre a cidade de Lajeado e as pessoas envolvidas no projeto. Lajeado me surpreendeu de todas as formas positivas, uma cidade que me acolheu como nenhuma outra. Hoje eu sinto como se fosse nascido e criado aqui, tenho muito orgulho de representar essa cidade pelo país, muito orgulho de ter tido a oportunidade de ser o capitão dessa equipe que eu aprendi a respeitar, acreditar e amar com o tempo. Fazer parte do Bira significou a melhor fase da minha vida pessoal e profissional. Me sinto completamente em casa em Lajeado e aprendi que o Bira é mais do que uma equipe, é uma causa. Espero estar sempre junto ao Bira e ajudando o Clube a voltar logo para o topo do basquete nacional”.

Bruno Ferreira, ala/pivô, ressalta este espírito de grupo construído. “Conheci verdadeiros guerreiros e homens de superação. Profissionais não só dispostos a crescerem pessoalmente mas também a ajudarem um time a crescer no cenário nacional e acho que todos nós conseguimos isso. Embora não tenhamos conquistado nosso objetivo de disputar a próxima temporada do NBB, acredito que não há motivos para tristezas ou para baixar a cabeça, pois jogamos de igual para igual com os grandes de São Paulo, e isso é motivo de orgulho não só para cada um de nós, mas também para a cidade de Lajeado. O Univates/Florestal Alimentos/Bira foi um time montado às pressas, mas com a felicidade de ter encontrado as peças certas para cada setor. Foram apenas 3 meses mas parece que foram muito mais pois tivemos tanta empatia no grupo e pela causa que parecia que todos nós (jogadores, dirigentes, apoiadores, torcedores, imprensa) já nos conhecíamos há anos. Não hesito ao afirmar que construímos uma família e um grupo de verdadeiros guerreiros que realmente vestem a camisa da entidade que defendem. Por isso só tenho a agradecer a todos os dirigentes, comissão técnica, patrocinadores, imprensa e torcedores pelo apoio de sempre e pela confiança que depositaram não só em mim, como na equipe como um todo. Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de trabalhar com verdadeiros profissionais e amantes do basquete brasileiro. De coração espero que essa última semana de jogos que tivemos em São Paulo não tenha sido um adeus, e sim um até logo. Porque agora mais do que nunca eu quero continuar fazendo parte desse projeto e ajudar o Bira a figurar entre os grandes do basquete nacional”, ressalta.

O próximo desafio do Bira será o Campeonato Gaúcho, que acontece no segundo semestre, em data ainda a ser definida. O Clube conta com o patrocínio da Univates, Florestal Alimentos e Prefeitura Municipal de Lajeado. Como apoiadores, a Unimed VTRP, Construtora Diamond, Kikão Lanches, Imperatriz Hotel, CBTur, Fundação de Esporte e Lazer do RS (Fundergs) e Bergatur.

Fotos: Elise Bozzetto

Um comentário:

  1. A temporada foi muito boa. Estão de parabéns a diretoria, jogadores e comissão técnica. Só acho que dois reparos devem ser feitos. Um time profissional não pode se envolver em duas brigas em menos de um mês. E mesmo que a arbitragem mereça críticas, não pode ser colocada como principal causa nas derrotas.
    Temos tudo para crescer ainda mais no cenário nacional, mas precisamos mudar esse comportamento.

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